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O pré-processamento é a primeira fase da compilação de um programa em C. O pré-processador manipula apenas o texto do programa fonte servindo-se de uma linguagem própria bastante poderosa que pode vir a tornar-se muito útil para o programador. Todas as directivas ou comandos do pré-processador começam com o carácter #.
As principal vantagem da utilização do pré-processador é a possibilidade de tornar os programas:
O pré-processador também nos permite customizar a linguagem. Por exemplo se
quisermos usar como delimitadores de uma instrução composta as palavras begin
e end
do PASACAL basta incluir no início do programa as seguintes directivas do
pré-processador:
#define begin {
#define end }
Esta directiva é usada para definir constantes ou substituições mais poderosas denominadas macros. A sintaxe geral é a seguinte:
#define nome texto_de_definição
Por exemplo:
#define FALSE 0
#define TRUE !FALSE
É possivel definir também pequenas "funções" com parâmetros (macros) cujas "chamadas" no texto do programa são substituídas pelo texto_de_definição com os parâmetros também substituídos. Por exemplo, seria possível definir uma macro max que nos dá o máximo de duas expressões:
#define max(A, B) ((A) > (B) ? (A) : (B))
Note-se que esta directiva não define uma verdadeira função do C, mas apenas uma subsituição de texto com o aspecto de uma chamada a função. Assim quando pré-processador encontra no texto do programa qualquer coisa como:
x = max(r+s, s+t);
esta linha de texto é substituída por outra linha de texto, igual a:
x = ((r+s) > (s+t) ? (r+s) : (s+t));
Outro exemplo:
#define Deg_to_Rad(x) (x * M_PI / 180.0)
M_PI é uma constante contendo o valor de pi que está definida no ficheiro de inclusão da biblioteca standard math.h.
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Este comando, com a forma #undef nome
,
indefine qualquer prévia definição de nome. Para se poder redefinir um nome
numa outra directiva #define
, é necessáriro
indefini-lo primeiro.
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Esta directiva lê um ficheiro de texto e inclui o seu conteúdo no local da directiva. Tem duas formas possíveis:
#include <nome_de_ficheiro>
ou
#include "nome_de_ficheiro"
A forma <...> indica que o ficheiro a incluir deve ser procurado num directório pré-definido onde se encontram os ficheiros de inclusão da biblioteca standard. Por exemplo, no UNIX, esse diretório é /usr/include.
A forma "..." procura o ficheiro a incluir no directório corrente.
Estes ficheiros de inclusão contêm geralmente declarações de variáveis, tipos, constantes ou protótipos de funções e nunca instruções executáveis.
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A directiva #if
avalia uma expressão inteira
e executa uma acção baseada no resultado (interpretado como TRUE ou FALSE). Esta
directiva é sempre terminada com a palavra #endif
.
Entre a directiva #if
e #endif
poderá haver ainda as directivas #else
(com o significado habitual) e #elif
(significando else if). Esta última permite
contruir condições aninhadas.
Outras formas da directiva #if
são:
#ifdef nome
- que verifica se nome
foi previamente definido numa directiva #define
,
e
#ifndef nome
- que verifica se o nome
ainda não foi definido anteriormente.
Por exemplo, para definir uma constante que contenha o número de bits de um inteiro, que possa ser compilado correctamente em Ms-Dos no compilador Turbo C e no UNIX, poderiamos pôr no programa as seguintes directivas:
#ifdef TURBOC
#define INT_SIZE 16
#else
#define INT_SIZE 32
#endif
Outro exemplo:
#if SYSTEM == MSDOS
#include <msdos.h>
#else
#include "default.h"
#endif
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1. Defina uma macro do pré-processador swap(t, x, y) que troque dois argumentos x e y de um tipo t.
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2006
Antônio Paulo Neto